O Brasil já conta com mais de 30 milhões de pessoas acima da faixa dos 60 anos. Um aspecto importante que se apresenta com o envelhecimento da população, diz respeito à violência impetrada a este grupo, por múltiplos fatores (violência física, institucional, emocional, simbólica, abandono, negligência, abuso sexual, exploração financeira) e, por vezes de forma silenciosa.
O dia 15 de junho foi nomeado Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de chamar atenção para a gravidade deste cenário e a prioridade em pensar ações de enfrentamento à essas múltiplas violências. Com a pandemia pelo Covid-19, o DISQUE 100 (Disque Direitos Humanos) recebeu 17 mil denuncias em maio de 2020 contra 03 mil registros em março do mesmo ano, o que pode indicar que o isolamento social ampliou potencialmente os casos de violências contra a pessoa idosa.
Uma das formas de enfrentamento do problema é rever o lugar do idoso em nossa sociedade e reconhecer seu valor na transmissão de valores e conhecimento. Nas palavras do etnólogo, filósofo e historiador malinês, Amadou Hampatê Bâ: “Cada ancião que morre é uma biblioteca se queima”.
Fonte: https://www.gov.br/pt-br/noticias/assistencia-social/2020
Silvia Carvalho – Psicóloga SEPS/CPST