A DART foi criada em 2023, vinculada à Coordenação de Dimensionamento e Desenvolvimento de Pessoal. É composta por três servidoras assistentes sociais – Cássia de Oliveira, Natalia Limongi e Thaís Mouta – que realizam atendimentos relacionados a situações de conflito, violência e assédio moral no trabalho. A seguir, a chefe da Divisão Natalia Limongi nos conta um pouco sobre o trabalho que vem sendo feito.
Pode nos contar um pouco sobre o histórico da Divisão de Atenção às Relações de Trabalho?
Esse trabalho foi oficialmente iniciado em 2019 como uma seção ligada à Coordenação de Políticas de Pessoal da PR-4. Contudo, essa seção não era formalmente institucionalizada, o que trazia dificuldades para o trabalho. Chamada de SART, posteriormente ficou vinculada à Divisão de Movimentação e Alocação por entendermos a proximidade das demandas das duas equipes. Em 2023, a seção foi transformada em divisão, vinculada à Coordenação de Dimensionamento e Desenvolvimento de Pessoal e inserida no organograma da Pró-reitoria de Pessoal, o que possibilitou uma maior organização do trabalho.
Como é o trabalho na Divisão?
A Divisão realiza atendimentos aos servidores da UFRJ que estejam vivenciando situações de conflito, violência e assédio moral nos seus locais de trabalho. Esses atendimentos se dão via demanda espontânea ou por meio de encaminhamentos realizados por setores e unidades da instituição como Ouvidoria, CRM, setores de pessoal, entre outros. A atuação da equipe visa contribuir com a construção de ambientes de trabalho mais saudáveis, livres de conflitos e violências. Com este objetivo principal, têm sido realizadas atividades de cunho educativo, preventivo e interventivo. Dessa forma, o trabalho da divisão acontece por meio de entrevistas de acolhimento aos servidores, visitas institucionais, conversas com chefias e equipes, oficinas, produção de documentos como relatórios sociais e pareceres.
Desde quando você trabalha na Divisão?
Desde 2019, quando ingressei como servidora na UFRJ. A necessidade de atenção às relações interpessoais e combate ao assédio e às violências laborativas na UFRJ já era uma preocupação dos gestores. Quando cheguei na PR4, na troca de gestão, a Pró-Reitora Luzia me pediu que implementasse este trabalho. Busquei ajuda em setores da Universidade, em iniciativas externas, busquei referências na temática, conversei com muitos colegas sobre experiências e vivências e, assim, fui implementando o serviço de acolhimento. É um trabalho que eu ainda considero recente tendo em vista que, logo no seu início, sofreu o impacto de uma pandemia mas que hoje já se encontra com um desenho mais estruturado. Isso também foi possível devido à chegada das profissionais que hoje integram a equipe da DART.
Como a atuação da Divisão pode melhorar as relações de trabalho na instituição?
Acreditamos que diálogo e orientações adequadas sejam instrumentos fundamentais para a melhoria das relações interpessoais de trabalho em qualquer instituição. A DART busca acolher, orientar, encaminhar e, quando possível, a depender da demanda apresentada, contribuir para a construção de espaços de trabalho mais saudáveis e respeitosos por meio do diálogo entre chefias, trabalhadores e equipes.
Qual a média de servidores atendidos por mês?
Cada caso atendido pela equipe se desdobra em diversas outras atividades além dos atendimentos como por exemplo, reuniões com gestores, equipes, chefias, visitas às unidades envolvidas, entre outros, a depender da complexidade da situação apresentada. Por isso, não é possível ter um número médio de atendimentos.
Existem meses ou épocas em que a procura é maior?
Percebemos que muitos servidores procuram nossa equipe após divulgação das notas do AVADES – geralmente no mês de outubro – pois, em alguns casos, a avaliação se torna uma oportunidade de demonstrar insatisfação com as chefias, com servidores e com os ambientes de trabalho na universidade.
Existem unidades ou áreas em que os problemas são mais frequentes? Em caso afirmativo, qual seria o motivo?
Percebemos que as áreas hospitalares tem apresentado muitos conflitos e isso pode ter diversas explicações como a própria natureza do trabalho, a forte hierarquização dos setores, a diferença na forma de contrato dos trabalhadores de um mesmo setor, ou seja, servidores estatutários e terceirizados, e distribuição das tarefas entre estes, e outros.
Todo o servidor que passa pela Divisão de Movimentação é atendido?
São encaminhados para a DART os casos em que são identificados indícios de assédio, violência e conflito no trabalho. Com a nova portaria de movimentação, 700 de janeiro/2024, a equipe da DART vai ter uma maior participação nos casos de remoção de ofício.
Como o servidor faz para ser atendido? É preciso ter encaminhamento médico ou de algum outro tipo? Qual é o prazo de espera?
Os atendimentos com a equipe da DART se dão via demanda espontânea ou por meio de encaminhamentos realizados por setores e unidades da UFRJ como Ouvidoria, CRM, setores de pessoal, entre outros. Pela via da demanda espontânea, o melhor caminho é o agendamento pelo e-mail institucional dart@pr4.ufrj.br. A equipe responde aos e-mails diariamente. É importante ressaltar o caráter sigiloso da nossa atuação e, por isso, o e-mail é um importante canal para preservarmos esse sigilo.