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MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES

Por: Júlia Quinan

 

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Situado em um imponente prédio no centro do Rio de Janeiro, mais precisamente na região da Cinelândia, o Museu Nacional de Belas Artes, MNBA, retrata grande parte da história brasileira e internacional. A sede possui mais de 70 mil itens, os quais são normalmente expostos por século, mas também de acordo com o artista e a coleção a que pertencem.

O Museu Nacional de Belas Artes foi criado oficialmente em janeiro de 1937, mas seu acervo tem origem bem anterior, com as obras trazidas de Portugal por D. João VI, em 1808, e, mais tarde, com a coleção de Joachin Lebreton, notório líder da Missão Artística Francesa. Além disso, ao longo dos séculos XIX e início do século XX foram incorporadas novas e importantes obras, entre elas esculturas, pinturas, desenhos e gravuras de artistas brasileiros e estrangeiros, uma coleção de arte decorativa e outra de arte popular, mobiliário e um conjunto de peças da arte africana.

Ao chegar ao museu, o visitante é instruído a seguir uma ordem lógica, que o leva praticamente a uma viagem pela história da arte. Passando por grandes salas, que por si só já são obras de artes, dada sua grandiosidade, é possível acompanhar as diversas transformações nas obras, incluindo sua estética e ideologia. Há, ainda, seguranças em todas as salas e corredores, dispostos a sanar dúvidas e apontar a direção a ser seguida, já que o ambiente é realmente muito grande. Durante a visita, são vistos diversos e notórios representantes de cada arte, seja da pintura, da escultura, da gravura, separados de modo cronológico, por tipo de arte e também por artista.

A seção de esculturas mostra, com grande abrangência, o que foi produzido dentro e fora do Brasil nessa vertente, com destaque para Bernardelli, grande representante nacional, e alguns nomes estrangeiros, como Zéphyrin FerrezAuguste RodinFrançois Rude e Franz Weissmann. A coleção teve início com o legado da Academia Imperial e da Escola Nacional, que possuía cópias de estátuas célebres da antiguidade e outras criadas por professores e alunos. O diretor da Escola Nacional, ainda, adquiriu várias peças e reuniu outras, que estavam dispersas por órgãos do governo, ampliando a coleção e tornando-a ainda mais completa.

Em relação à pintura brasileira, o acervo do MNBA é o maior do país. A partir da grande quantidade e qualidade de obras ali expostas, é possível reconstituir toda a trajetória da pintura brasileira, do século XIX até os dias de hoje. Desde obras da Missão Francisca Francesa, como de Debret e Taunay, passando pela produção de estrangeiros que participaram do círculo da Academia Imperial, e a produção de alunos e professores brasileiros da Academia, como Victor Meirelles (A Primeira Missa no Brasil”, 1861, famosa e difundida pintura), Agostinho José da MotaPedro AméricoAlmeida JúniorHenrique Bernardelli, entre outros. Há, também, a representação de artistas modernos, como os conhecidíssimos Cândido PortinariCarlos OswaldDjaniraTarsila do AmaralDi CavalcantiVicente do Rego MonteiroAntônio BandeiraGuignardCícero DiasLasar SegallJosé Pancetti, e Jorge Guinle Filho.

Com início no acervo de Dom João VI e na coleção de Joachim Lebreton, adquirida da França, a seção de pintura estrangeira se concentra na arte europeia do século XXIII até o século XIX, com a importante presença de obras do barroco italiano, além de obras de Eugène Boudin e de Frans Post.

O museu não tem apenas esculturas e pinturas, mas também arte sobre papel (gravura, desenho, aquarela e outras técnicas que utilizam o papel como suporte), escultura africana, obras de arte popular, ingênua ou primitiva, imaginária sacra, mobiliário, artes decorativas, numismática e glíptica.

Com funcionamento de terça-feira a sexta, das 10h às 18h, e sábados, domingos e feriados das 12h às 17h, o Museu Nacional de Belas Artes está localizado na Av. Rio Branco, 199, Centro. O prédio tem acesso para pessoas com deficiência.