Categorias
Coordenação de Políticas de Saúde do Trabalhador (CPST)

Maio Roxo: Mês Dedicado ao Alerta Sobre Doenças Inflamatórias Intestinais

CPST preparou um texto informativo sobre os cuidados e importância do diagnóstico precoce

CPST Informa

Enfermeiro Jairo Nogueira

A campanha maio roxo tem o objetivo chamar a atenção para a importância do diagnóstico precoce das doenças inflamatórias intestinais (DII). As doenças inflamatórias intestinais são distúrbios crônicos que acometem principalmente o intestino delgado e o intestino grosso. As duas principais são a Doença de Crohn e Colite Ulcerativa

A doença inflamatória intestinal se caracteriza pela inflamação do intestino e afeta principalmente a população jovem entre 25 a 35 anos. Os principais sintomas são:

  • Dor abdominal
  • Diarréia
  • Sangramento retal
  • Urgência evacuatória
  • Febre
  • Perda de peso
  • Fadiga

A Doença de Crohn é uma inflamação que pode afetar todo o sistema digestivo, desde a boca até o ânus. De forma menos comum podem ocorrer manifestações fora do intestino, como nos olhos, articulações, na pele e na boca. A Retocolite Ulcerativa pode atingir partes ou todo o intestino grosso, chamado de cólon, e o reto, com episódios recorrentes de inflamação.

As doenças inflamatórias intestinais podem causar complicações como: estreitamento da luz intestinal, fístula, abscesso que podem necessitar de cirurgia. A cirurgia é indicada para alguns pacientes que não apresentam melhora com o uso medicamentoso.

Na Retocolite Ulcerativa a maioria dos pacientes que fazem cirurgia e retiram todo o intestino grosso, apresentam cura na maior parte das vezes. Na Doença de Crohn a cirurgia é indicada para pacientes que apresentam estenose (estreitamento) no intestino resultante da inflamação. Neste caso a cirurgia é feita retirando apenas a parte com estenose, para não prejudicar uma das funções mais importante do intestino: absorção dos nutrientes.

Os pacientes com Doença de Crohn e Retocolite ulcerativa costumam apresentar períodos de melhora e outros de piora dos sintomas. Esses períodos são conhecidos como remissão e crise, respectivamente. Não se tem uma causa específica para as DII, porém acredita-se que ela seja resultado de uma interação de fatores ambientais, genéticos e imunológicos.

A Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa são diagnosticadas com base em três fatores: sintomas apresentados pelo paciente, exames complementares como a tomografia e a colonoscopia. A colonoscopia é um exame muito usado para o diagnóstico das DII. A colonoscopia permite avaliar todo o intestino grosso e a parte final do intestino delgado através de uma câmera inserida pelo ânus.

Os pacientes com DII apresentam maior risco de desenvolvimento de câncer de intestino. Por isso a necessidade de fazer um acompanhamento médico com realização de exames de rastreamento preventivos periodicamente.

Quanto a alimentação geralmente nenhuma grande restrição é necessária, recomendando-se que o paciente evite ingerir os alimentos que ele percebe que pioram os sintomas. Em algumas fases da doença deve-se evitar excesso de fibras e em outras ocasiões a lactose. Cabe ao médico com equipe multidisciplinar com nutricionista fornecer as devidas orientações.

Por serem doenças que geralmente não tem cura, os medicamentos devem ser usados por toda vida visando melhorar a qualidade de vida e controlar os sintomas. A maioria dos medicamentos são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde, sendo necessário o paciente apresentar um detalhado relatório médico para ser encaminhado a Secretaria Regional de Saúde de sua cidade.

FONTES:

1. WWW.ABCD.ORG.BR

2. www.gediib.org.br